CONTROLE SOCIAL DA SAÚDE
O SUS é aprovado pela Sociedade Civil Organizada na 8ª Conferência Nacional de Saúde
No início dos
anos 80, o Movimento Sanitário já contava com o apoio e o reconhecimento do
movimento popular, sindical e de setores da sociedade que buscavam os direitos
sociais. Os discursos pela implantação do Sistema Único de Saúde, começam a
fluir, não só no Movimento Sanitário. Com o país registrando a grande crise
financeira da Previdência Social do final da década de 70; com a efervescência
da queda da ditadura militar; com o processo de “redemocratização”, “reabertura
política” e tantos outros apelidos, foi a conjuntura reservada pela história,
para a instalação da 8ª Conferência Nacional de Saúde, que contou com mais de
4.000 participantes, onde 1.000 eram delegados escolhidos para representar as
instituições, organizações e entidades, observando-se como critério de
representatividade, a proporção de 50% dos delegados como representantes da
sociedade civil organizada.
A 8ª
Conferência Nacional de Saúde realizada de 17 a 21 de março de 1986, foi
considerada a pré-constituinte e seu relatório final propõe a implantação do
Sistema Único de Saúde. Este Relatório prevê também, a criação da Comissão Nacional de Reforma Sanitária, que
teve como uma das principais atribuições, apresentar e defender as propostas da
8ª Conferência junto a Assembléia Nacional
Constituinte, tornando-se o Relatório Final da 8ª Conferência Nacional de Saúde
o principal subsídio para a elaboração do Capítulo da Saúde na Constituição
Federal de 1988.
Hoje, os Conselhos de Saúde estão formados na
ampla maioria dos estados e municípios do Brasil, principalmente porque a
legislação do SUS exige a comprovação de existência do Conselho de Saúde para o
repasse de verbas aos Fundos de Saúde correspondentes.
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